Impacto do isolamento social durante a pandemia da COVID-19 na saúde física e mental de pacientes atendidos na clínica-escola de fisioterapia da Faculdade Sete Lagoas

Resumo

As informações vinculadas com o surgimento da COVID-19 têm atuado como gatilho para disfunções psicoemocionais, como ansiedade e medo. Neste contexto, o distanciamento social, pode limitar a realização de atividades e exercícios físicos, gerando um círculo vicioso que resulta em declínio funcional. Investigar e descrever o impacto do isolamento social em pacientes atendidos na Clínica escola de Fisioterapia da FACSETE. Estudo descritivo, retrospectivo, documental e de caráter transversal, no qual foram analisados 25 prontuários contendo informações sobre a saúde física e mental em dois períodos distintos: antes e após  6 meses de isolamento social. Utilizou-se como instrumentos de medida os questionários Duke Activity Status Index (DASI) e Patient Health Questionnaire-2/ Patient Health Questionnaire-9 (PHQ), além do auto-relato dos pacientes levando conforme a classificação do nível de exercício físico segundo o Centers for Disease Control and Prevention (CDC). Utilizando amostragem por conveniência com participantes de ambos os sexos e idade superior a 18 anos, atendidos nas áreas de Neurologia, Geriatria e Ortopedia. Houve maior risco de apresentação de episódios depressivos antes do período de isolamento social nas mulheres quando comparadas aos homens de acordo com o questionário PHQ. Entretanto, após a medida sanitária não foram observadas diferenças estatisticamente significantes entre os grupos. Não foi identificada mudança nos escores do DASI, assim como ao se analisar separadamente os participantes de acordo com sexo e idade. No entanto, após intalação da ação sanitária, 76% da amostra total relatou praticar alguma atividade/exercício físico. O período vivenciado não representou para a maioria da amostra uma barreira para praticar atividades e exercícios físicos ou levou a modificações no risco de desenvolver episódios depressivos.