Efeito da terapia com pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP) na funcionalidade e em marcadores inflamatórios de pacientes com apneia obstrutiva do sono

Autores

  • Daniel Campos Mendes
  • Aina Cristina Faria de Souza
  • Ana Claudia Silva Fidelis
  • Cecília França Silva
  • Dylmara Adrielle Rocha
  • Geize Ohana Teixeira Lopes
  • Ingrid Rayane dos Reis Ferreira de Paula
  • Jéssica Maria Pereira
  • Kamila de Queiroz Soares
  • Luana Lara Barbosa Simão
  • Tadeu Sartini Ferreira
  • Tania Lucy Cordeiro de Almeida
  • Adriane Caroline de Oliveira
  • Bruna Carolina Rocha Silva
  • Camila Danielle Cunha Neves
  • Ana Flávia Saturnino Lima Bento

Palavras-chave:

Apneia obstrutiva do sono, CPAP, Inflamação sistêmica, Funcionalidade

Resumo

A Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) é um distúrbio respiratório induzido pelo sono, caracterizado por episódios recorrentes de colapso da via aérea superior que resultam em esforço respiratório, ventilação inadequada, microdespertares, privação do sono, alterações de memória e concentração, comprometendo a qualidade de vida. Pesquisas indicam que a AOS pode causar estresse oxidativo sistêmico, com efeitos deletérios tanto sobre a musculatura respiratória quanto sobre a musculatura periférica. O presente estudo piloto, observacional e descritivo, teve como objetivo avaliar a força muscular respiratória e periférica, além da qualidade de vida, em indivíduos com AOS. Foram analisados dados antropométricos, qualidade do sono, sonolência diurna e capacidade funcional, esta última avaliada pelo teste de caminhada de 6 minutos. A qualidade de vida foi mensurada pelo questionário “Quebec Sleep”, a sonolência pela Escala de Epworth e a qualidade do sono pelo Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh. As pressões respiratórias máximas inspiratória (PImáx) e expiratória (PEmáx) foram medidas para quantificar a força muscular respiratória, enquanto a força de preensão palmar avaliou a força muscular periférica. A amostra foi composta por nove indivíduos, em sua maioria homens obesos, com idades entre 29 e 72 anos, e com predominância de AOS grave. Os resultados indicaram que, embora não tenha sido observada fraqueza muscular inspiratória, houve redução da força muscular expiratória e periférica, associada a declínio na qualidade de vida e presença de sonolência diurna moderada, apesar da capacidade funcional preservada. Conclui-se que indivíduos com AOS apresentam força muscular inspiratória preservada, mas apresentam redução da força expiratória e periférica, além de prejuízos na qualidade de vida e no sono. Por se tratar de um estudo piloto, reforça-se a necessidade de continuidade da pesquisa para a obtenção de resultados mais robustos e conclusivos.

Publicado

31-10-2025