Fisioterapia preventiva em instituições de longa permanência para idosos: promovendo saúde, funcionalidade e bem-estar
Palavras-chave:
Fisioterapia, Idosos, Instituição de longa permanênciaResumo
O crescimento expressivo da população idosa no Brasil tem demandado iniciativas voltadas à promoção da saúde e da qualidade de vida dessa parcela da população, especialmente no contexto da institucionalização, frequentemente associada à falta de suporte familiar, ao surgimento de comorbidades e à diminuição da autonomia funcional. Este estudo teve como objetivo promover a saúde e a qualidade de vida de idosos institucionalizados por meio da fisioterapia preventiva, visando à manutenção da funcionalidade e da independência nas atividades de vida diária. A pesquisa foi desenvolvida na Residência Geriátrica Raimunda Dias, em Sete Lagoas/MG, como parte das atividades da disciplina de Projeto Integrador, sendo realizadas três visitas: a primeira destinada à coleta de dados sociodemográficos e as demais voltadas à aplicação de atividades práticas e educativas. As ações incluíram exercícios com resistência leve, jogos de memória, atividades de coordenação motora e estimulação cognitiva, além da produção e entrega de infográficos com orientações para os cuidadores e informações específicas para um paciente acamado. Participaram do estudo 20 idosos, com média de idade de 76,7 anos, sendo a maioria do sexo feminino; 70% apresentavam algum grau de comprometimento cognitivo, embora 80% mantivessem a mobilidade preservada, e as condições clínicas mais frequentes foram doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e demência. As atividades propostas foram bem recebidas por uma das unidades da instituição, enquanto na outra houve menor adesão, atribuída ao grau mais elevado de dependência funcional dos residentes. Os resultados reforçam a importância da fisioterapia preventiva como ferramenta de cuidado, atuando na manutenção da funcionalidade, na prevenção de agravos e no incentivo à autonomia, destacando ainda o papel fundamental da atuação em equipe e da capacitação dos cuidadores para a continuidade e efetividade das intervenções. Conclui-se que a implantação de programas regulares de fisioterapia preventiva, adaptados à realidade institucional, pode contribuir de forma significativa para um envelhecimento mais ativo, saudável e com melhor qualidade de vida.
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