Mudanças neurocognitivas decorrentes do Alzheimer

Autores

  • Mariana Silva Nascimento
  • Fernanda Fernandes Diniz
  • Daniela de Castro Pinto

Palavras-chave:

Mudanças neurocognitivas, Alzheimer, Saúde pública

Resumo

O envelhecimento populacional tem ampliado a incidência de doenças neurodegenerativas, sendo a Doença de Alzheimer (DA) o tipo mais comum de demência e responsável por elevados índices de dependência e perda de autonomia em idosos. Compreender as mudanças neurocognitivas provocadas pela DA é essencial, uma vez que a doença impacta não apenas funções cognitivas, mas também dimensões emocionais, sociais e familiares. Este estudo teve como objetivo investigar os impactos do Alzheimer nas subjetividades dos pacientes e nas dinâmicas familiares, com ênfase na aplicação de ações extensionistas em Unidades Estratégicas de Saúde da Família (ESFs). A pesquisa qualitativa foi realizada junto a um grupo de idosos atendidos na ESF Catarina, em Sete Lagoas/MG, por meio de questionários e atividades de estimulação cognitiva. Os resultados mostraram que a maioria dos participantes nunca havia recebido orientações sobre prevenção do declínio de memória, embora relatassem práticas físicas, sociais e artísticas que auxiliam na preservação cognitiva. As dinâmicas propostas, como a pintura colaborativa, revelaram-se eficazes para estimular a flexibilidade cognitiva, fortalecer vínculos afetivos e promover acolhimento, transmitindo a ideia de que é possível adaptar-se e reinventar-se diante das limitações impostas pela idade. Conclui-se que iniciativas educativas e terapêuticas de caráter extensionista são fundamentais para ampliar a conscientização sobre o Alzheimer, estimular a reserva cognitiva e favorecer um envelhecimento mais ativo e saudável, destacando-se ainda a relevância da atuação multiprofissional e o papel central da psicologia na construção de um cuidado humanizado que apoie tanto pacientes quanto familiares diante dos desafios da doença.

 

Publicado

31-10-2025