Uso da realidade virtual na melhora do equilíbrio de pacientes com sequelas de acidente vascular encefálico crônico: uma revisão de literatura

Resumo

O Acidente Vascular Encefálico (AVE) comumente leva a assimetria na descarga de peso, déficit de equilíbrio, espasticidade, déficit sensitivo, fraqueza muscular e comprometimento do controle motor, além de limitações em atividades e restrições na participação. Diversas abordagens fisioterapêuticas tem sido utilizadas no tratamento de indivíduos após um AVE, incluindo a realidade virtual (RV). Considerando que a RV tem se mostrado eficiente no tratamento de uma série de doenças e que ela é capaz de melhorar a funcionalidade nos pacientes acometidos o presente estudo teve como objetivo investigar, por meio de uma revisão de literatura, os efeitos do uso da RV no equilíbrio de indivíduos pós-AVE na fase crônica. Foram realizadas buscas nas bases de dados LILACS, MEDLINE (via Pubmed), Scielo e PeDro. Considerou-se elegíveis apenas estudos publicados nos últimos dez anos na língua inglesa e que se tratavam de ensaios clínicos randomizados, que apresentaram dados referentes aos efeitos da aplicação da realidade virtual sobre o equilíbrio em indivíduos com AVE crônico. No total 11 estudos foram incluídos nessa revisão. Estes  revelaram que o treinamento de equilíbrio associado à RV pode contribuir para a reabilitação de pacientes com AVE crônico. O número de sessões, modalidade da RV, frequência e o tempo de intervenção foram distintos entre os estudos, no entanto, é uma unanimidade entre os autores que a RV pode contribuir para a reabilitação dessa população. Portanto, nota-se que a RV combinada ao tratamento fisioterapêutico padrão pode gerar melhora nos desfechos relacionados ao equilíbrio em indivíduos com AVE crônico, tornando-se uma importante aliada na recuperação dos pacientes.